terça-feira, 4 de setembro de 2012

Documentário "O impacto dos biocombustíveis"


Este vídeo aborda de forma bem clara a relação conflituosa entre usineiros e os pequenos produtores. Os impactos ambientais e sociais são evidentes e preocupantes. O que parecia uma alternativa para o aquecimento global, está se transformando em um problema.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Os impactos ambientais e sociais gerados pelos agrocombustíveis.

Quando falamos em agrocombustíveis, estamos nos referindo ao rumo que vem tomando a produção dos biocombustíveis, apontados como alternativas para substituir os combustíveis de origem fósseis que tanto agridem o meio ambiente.

            Que existe uma necessidade urgente de substituição da atual matriz energética dos países, por uma matriz mais limpa formada por fontes energéticas renováveis é fato, aliás, esse tem sido o discurso da ONU e do IPCC, órgão daquela instituição, no entanto, há que se atentar para os rumos que esta produção está tomando, o que foi apontado como solução, parece estar se transformando em um problema, dado os interesses do agronegócio.

            Devemos considerar que a matéria prima para se produzir os biocombustíveis é em boa parte, a mesma utilizada para alimentar o ser humano, como o milho, a beterraba, a semente de girassol e tantos outros e isso acaba gerando um redirecionamento de sua produção por uma questão de demanda de mercado que visa antes de tudo o lucro. Temos que nos preocupar também com o pequeno produtor, que acaba sendo expulso de suas terras para ceder lugar ao grande produtor.

A forma como os combustíveis têm sido produzidos tem gerado sérios problemas de ordem ambiental, por conta de técnicas de manejo inadequado da fauna e da flora. As espécies de vegetais originárias de uma região têm sido substituídas por outras espécies menos adaptáveis ou inadequadas a localidade, gerando sérios desequilíbrios ambientais, como a degradação do solo levando muitas vezes a extinção dessas espécies.

            Outro aspecto que merece especial atenção é o fato de que em nome da ganância e do lucro, as áreas remanescentes de florestas estão sendo desmatada para dá lugar a produção de sementes para atender a demanda do mercado, como por exemplo, o avanço da produção se soja e criação de rebanhos na fronteira amazônica. Na verdade, esse tipo de produção ainda carece de regulamentação em legislação própria que deve estabelecer regras levando em consideração os impactos ambientais e sociais que ela pode causar em longo prazo, e essa com certeza é uma tarefa muito difícil porque passa pela questão estrutural interna de cada país e pela ideia de soberania territorial.

            Não custa lembrar que a produção dos biocombustíveis como os da cana-de-açúcar, por exemplo, consumem uma quantidade muito grande de recursos hídricos, desencadeando uma alerta para a sustentabilidade desse recurso já tão escasso em algumas regiões do planeta.

            Por outro lado, não podemos perder de vistas a função social da terra, observada no seu estatuto. Não é aceitável que se priorize o lucro em detrimento do alimento da população, o que já está acontecendo em várias regiões do planeta, especialmente nas regiões mais pobres, marginalmente excluídas do sistema mundial vigente.  

            No meio de toda essa polêmica, um aspecto chama bastante atenção, o fato de que os organismos diretamente responsáveis por elaborar politicas de sustentabilidade tanto ambiental como alimentar, como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) parecem não ter definido ainda o caminho a ser seguido, ou inda, perecem não ter descoberto uma forma de fazer com que os países cumpram de fato as suas orientações. Como lidar com as divergências de interesses entre ricos e pobres e crescer de forma sustentável. Enquanto não se tem uma resposta para tal questão a polêmica vai ficando no campo do discurso e quem sofre com isso é sempre aquele que mais precisa.

Por Francisca Iramí Alves
 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Olá boa noite meninas!
Encontrei uma matéria em vídeo sobre a produção do biocombustível a partir da semente de mamona, muito interessante, atrela à produção do biocombustível a inclusão do pequeno produtor em uma região duramente castigada pela escassez de chuva. Essa é sem duvida uma iniciativa acertada e sustentável. 
Por Francisca Iramí Alves. 
  

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O etanol brasileiro e a Rio+20

Olá, hoje podemos verificar que apesar dos problemas apresentados pela produção do etanol no Brasil, esta foi aprovada pelos parâmetros da Rio+20. A partir da charge é possível perceber que a produção brasileira é bem vista por alguns e como complemento a isso podemos ler a notícia abaixo, a qual a Presidenta Dilma alega que estamos crescendo, incluindo e protegendo, fatores muito importantes para o desenvolvimento sustentável.


Quinta-feira, 14 de junho de 2012 às 13:12
Produção de etanol no Brasil cumpre proposta da Rio+20, afirma Dilma 
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (14), no Palácio do Planalto, durante cerimônia de outorga do selo de boas práticas às indústrias da cana-de-açúcar, que a produção de etanol no Brasil cumpre a proposta da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que é crescer, proteger e incluir. 

“Nós estamos dando um passo, portanto, no sentido de cada vez mais mostrar que é possível sim – e esse é o tema da Rio+20 – produzir, respeitando o meio ambiente e a legislação social, produzir energia limpa. Além disso, fazendo um processo de inclusão social, no qual o direito dos trabalhadores assume um papel relevante e de destaque (…) Nós, neste ato e nas vésperas da Rio+20, estamos de fato mostrando que o tema da Rio+20, que é crescer, incluir e proteger, está concretizado aqui hoje no setor sucroenergético.”, disse. 

Segundo Dilma, a produção de etanol no Brasil não pode mais ser acusada de contribuir para o desmatamento da Amazônia ou de utilizar trabalho escravo. Para ela, as acusações sócio-ambientais eram usadas para diminuir a importância do etanol brasileiro, mas, hoje, o setor respeita as legislações ambiental e trabalhista. 

“Esse prêmio hoje, que é fruto de uma parceria, ele também demonstra que, em um país civilizado e democrático, é possível estabelecer numa mesa um diálogo adequado entre trabalhadores, empresários e governo e esse diálogo resultar num ganho competitivo para os empresários, num ganho, eu diria assim, ético para o país, e, também, num ganho fundamental dos trabalhadores, que é o reconhecimento dos seus direitos, e garantir aos trabalhadores as melhores condições de trabalho possíveis”. 

A presidenta afirmou ainda que graças ao etanol o Brasil tem uma matriz energética entre as mais renováveis do mundo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Olá, boa noite caras colegas!
Sobre o que motivou a escolha da charge, gostaria de elencar alguns critérios considerados. Primeiro por que ela mostra o consumo do álcool – combustível, que de certa forma, é menos danosa para o meio ambiente do que os combustíveis derivados do petróleo; depois porque a foto por si só passa uma mensagem verde e eu associei este fator à preservação ambiental e a uma atmosfera livre de dióxido de carbono. É claro que ela pode passar uma imagem negativa se for associada ao modelo produtivo brasileiro, principalmente, porque os prédios que aparecem ao lado passam a impressão de estarem sucumbindo diante da expansão dessa atividade produtiva.
Por Francisca Iramí Alves

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A biomassa na produção de combustíveis - o etanol

Por Fábio Reynol, da Agência Fapesp. Disponível em: http://pensandoprafrente.blogspot.com.br/2010/03/sustentabilidade-energetica-comecara.html

Etanol – álcool combustível
A produção de álcool combustível no Brasil teve início na década de 1970 com  o Proálcool (Programa Nacional do Álcool) que tinha como prioridade diminuir a dependência do Brasil do combustível externo, já que o mundo vivia a crise do petróleo.
O programa acabou ficando muito caro e foi abandonado pelo governo militar. Na década de 1990, com o aquecimento global voltou-se a produzir álcool combustível, desta vez o Brasil ganhou notoriedade como exemplo a ser seguido em tempos de aquecimento global.
O Brasil Leva vantagem nesse tipo de produção por conta da vocação do solo para a produção da cana-de-açúcar, da estrutura fundiária concentrada que favorece a produção no sistema de monocultura. Com certeza alguns brasileiros deverão ganhar muito dinheiro com a produção do etanol.
Se pensarmos na produção do álcool combustível como alternativa para construção de uma matriz energética menos danosa para o meio ambiente, a iniciativa é boa, no entanto se pensarmos em termos de estrutura fundiária, a produção favorece, e de certa forma, perpetua o modelo que aí está com muitos brasileiros não tendo acesso à terra. A terra deixa de cumprir a sua função social que é garantir o sustento daqueles que precisam.
Enquanto ruralistas defendem a produção com todas as suas forças e interesses e o governo brasileiro endossa a iniciativa que tem um peso muito grande na economia brasileira, as organizações engajadas com as causas do meio ambiente vão na contramão, alegando que a produção do etanol em larga escala ameaça a sobrevivência de biomas como o amazônico.
A produção do etanol ainda vai gerar muita polemica porque ele faz parte do “combustível” que faz a roda das economias mundiais continuar girando, e isso faz despertar os instintos mais obscuros em países como os EUA, por exemplo, que dependem do combustível externo para manter sua economia funcionando,  e não enxergam com bons olhos o  desempenho nesse setor de um país em desenvolvimento com o Brasil. Muitos empecilhos deverão surgir ainda e o governo brasileiro deve agir com ponderação para não cometer excessos. É preciso planejar para crescer de forma sustentável, e o Brasil pode crescer se souber criar estratégias e gerenciar o crescimento com sabedoria.
Por Francisca Iramí Alves.